Há cerca de um ano a Biblioteca
dos ex-Serviços de Cultura da Assembleia Distrital de Lisboa recentemente
transferida para a tutela da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das
Bibliotecas nos termos do Despacho Conjunto n.º 9.507-A/2015, de 20 de agosto
após a Câmara Municipal de Lisboa ter considerado este equipamento sem
interesse para o Município devido às suas caraterísticas e ao estado de
conservação do seu acervo, era assim descrita:
«Aberta todos os dias úteis, das
10h às 16h. Possui uma vasta sala de leitura geral, com boa iluminação natural
e um sistema de projeção de vídeo para organização de conferências e debates.
Tem espaço Internet: dois postos
fixos com quatro lugares, scaner e impressora individualizada. Dispõe de acesso
wireless.
Na sala principal, tem vários
painéis para exposições (pintura, fotografia) e/ ainda um setor onde se pode
fazer pequenas mostras de escultura ou artesanato.
Tem 22 lugares disponíveis em
mesas partilhadas a dois. Possui, ainda, três gabinetes de trabalho e uma sala
de reuniões (mesa com 12 cadeiras).
É uma biblioteca generalista, com um vasto e
diversificado espólio bibliográfico nas várias áreas de conhecimento, com
especial destaque para arqueologia, ciências sociais, direito, economia e
gestão, engenharia, etnografia, filosofia e psicologia, generalidades
(dicionários e enciclopédias), história de arte, linguística, literatura,
medicina, monografias regionais, olisiponenses e veterinária.
Do
inventário das obras existentes para consulta temos 59.713 registos,
distribuídos pelas seguintes categorias: 50% - Livros; 30% - Revistas
científicas e técnicas; 15% - Publicações periódicas diárias e semanais; 5% -
Enciclopédias, mapas, roteiros, gravuras e outras publicações.
Relativamente aos seriados, esta biblioteca
possui uma das mais vastas coleções existentes no país com 420 títulos
portugueses e 136 estrangeiros, cobrindo um vastíssimo leque de regiões de
Portugal (de norte a sul), países (de todos os continentes), matérias
(abarcando todas as áreas do saber) e várias épocas históricas (com particular
incidência no século passado).
Em termos logísticos necessita
que sejam concluídas as obras de requalificação do espaço (colocação do
equipamento de ar condicionado e do sistema contra incêndios que tem já têm a
pré-instalação feita) iniciadas em março de 2013 mas, entretanto, suspensas
devido aos problemas financeiros da entidade.
Apesar das instalações
necessitarem de outras obras de melhoramento (substituição do piso e das
janelas assim como dos móveis – mesas, cadeiras e estantes), que faziam parte
do projeto aprovado pela Assembleia Distrital em 8 de maio de 2013 (no âmbito
do Plano de Atividades desse ano), ainda assim a Biblioteca é um lugar que
oferece grande potencialidade em termos de utilização polifacetada (leitura
geral, estudo, debates, exposições, etc.).»
Fonte: Assembleia
Distrital de Lisboa – Universalidade Jurídica Indivisível. (destaques
nossos)
Encerrada há meses, sem qualquer
espécie de manutenção e/ou limpeza das instalações, contas de telefone e
internet canceladas, esta Biblioteca já não serve ninguém muito embora esteja num lugar central, carente deste tipo de equipamentos. Além de estarem a acumular pó e humidade, que será dos milhares de livros que por lá se encontram e que durante décadas serviram de apoio a estudantes e investigadores?
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